terça-feira, 18 de maio de 2010

BABEL

Por: Jefferson Santos


Foi impressionante assistir ao filme com um olhar crítico sobre a ética apresentada. Foram apresentadas situações sérias que precisam ser analisadas com mais critérios.

Pude perceber que o autor do filme pretende nos colocar diante de situações graves, que precisam de posicionamentos radicais, que podem gerar atitudes diversas dependendo da ética que cada ser tiver como ponto de partida. Exemplo disso é a situação em que ele coloca os meninos que usaram o rifle para testar o seu alcance, e mataram uma mulher. Eram meninos criados para uma realidade que os chamavam para uma responsabilidade, devido às necessidades de sua família, mas, foram “responsáveis” por um conflito que gerou, em si, a degeneração da mesma.

Ao mesmo tempo em que analisamos a situação dos meninos, apresenta-se a situação da mulher que foi baleada por eles, nos influenciando a tirar nossas conclusões a partir da situação que nos foi apresentada do lado oposto. Acredito que não podemos falar de “lado da vítima”, porque isso irá depender muito do ponto de vista, ou da ética com que se analisa o caso.

Como julgar aquela situação que nos foi colocada? Como julgar aqueles meninos? Como saber quem foram ás vítimas?

Quando Foucault fala de uma ética que esta fundamentada no princípio que ele chama de “si sobre si mesmo”, afirmando que o sujeito é construtor de sua ética, penso que a realidade e o ponto de partida de cada ser vão gerar atitudes diferentes diante da postura de julgar essas situações. Cada ser que for posto diante dessa situação poderá perceber realidades diferentes existentes neste caso, e julgar segundo as suas convicções.


As perguntas que me cercaram ao assisti o filme foi: Que punição merecia aqueles meninos? Ao contrário a outra foi: Eles foram realmente os culpados? Merecem ser punidos, ou amados?

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