terça-feira, 11 de maio de 2010

Quanto Vale ou é por quilo?

Por: Messias S. Silva




Este filme já traz de início o retrato de uma página triste do Brasil, onde os escravos não tinham direito algum, e até os que eram alforriados, tinham os seus direitos usurpados. Neste período, os escravos eram tratados como animais, eram vistos apenas como ferramentas e fonte de lucros.

Em seguida somos conduzidos a momentos mais recentes da nossa história. Aqui, ao invés dos escravos, são os pobres e miseráveis que são tratados como coisas ou produtos através dos quais pode-se obter inúmeras vantagens. No lugar dos escravocratas estão os maus políticos e algumas pessoas e instituições que a estes se unem, também na busca de vantagens.

Neste filme podemos observar diversas abordagens como: injustiças, corrupção, exploração da miséria alheia, racismo, descaso com o dinheiro público, violência urbana e crime organizado, tudo com resultado da má construção e condução do país.

O filme trata da história do Brasil fazendo sempre um link entre o século XVII e XXI, e nos faz perceber que as mazelas sociais (problemas já mencionados) aconteceram e continuam acontecendo, porém com outra roupagem. Isto é enfatizado com a atuação de alguns atores nos dois momentos da história.

Considero este filme como um documentário que procura nos inquietar e levar-nos à um despertar da inércia que estamos vivendo no que se refere a nossa responsabilidade social, enquanto homens e mulheres, cuja missão é produzir e manter um país melhor, mais justo e igualitário. Um país onde todos e todas sejam de fato e de direito “iguais” perante a lei.

Recomendo-o à todos e todas que ainda se sentem cidadãos e cidadãs desta “pátria amada” chamada Brasil.



“O problema não são os bolsos vazios, mas as mentes vazias de dignidade.”

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